Por Laura Rosa de Oliveira (*)
A VII Reunião Anual de Iniciação Científica – RAIC – ocorreu na UFRRJ entre os dias 23 e 27 de Setembro de 2019. Nos dias 24, 26 e 27, os três dias de exposição dedicados às Ciências Agrárias, houve um total de 249 trabalhos expostos pelo corredor do Pavilhão Central. Entre apresentações orais e painéis expostos houve também a participação do curso de Engenharia Florestal. Alguns dos principais temas de trabalho envolviam a praticidade de produção de materiais vindos da madeira e reciclagem de resíduos florestais.
O discente Lucas de Almeida, do nono período, apresentou em seu projeto um meio de facilitar a medição da altura das árvores. Segundo Lucas, de um modo geral, é necessário se afastar em média 300 metros de uma árvore para medir a sua altura, o que demanda tempo. Além disso, também há outras questões que dificultam a tarefa de medição: “Às vezes tem 300 ou 400 árvores, fora que em florestas densas é mais difícil achar a copa das árvores”. A pesquisa desenvolvida pelo estudante visa solucionar, a partir de um software, a questão do tempo que se leva para medir a altura dessas estruturas.
Com o tema de Reutilização em alta, a aluna Celi da Silva, do nono período, apresentou o trabalho: Gerenciamento e Reutilização de resíduos madeireiros do laboratório de processamento de madeira. Ela conta sobre a importância que esse projeto tem não só para a comunidade acadêmica, mas para toda a população “Podemos transmitir práticas sustentáveis para que sejam atingidas em qualquer esfera e não só pra universidade”. Além disso, a pesquisa também é pontuada como um novo desenvolvimento ideológico: “Eu considero uma inovação porque, atualmente, uma boa parte do quadro do setor madeireiro de serraria e laboratório de processamento da madeira, ainda não faz o reaproveitamento dos resíduos que são gerados.”.
Na área de pesquisa voltada para a economia, a estudante Gabriela Fontes realizou a análise do custo de produção de uma empresa de cavacos de madeira. Os cavacos são provenientes de resíduos madeireiros de origem urbana. A empresa analisada pela aluna, além de produzir os instrumentos também distribui parte desses resíduos para a produção de energia. Gabriela comentou sobre os problemas que refletem a importância de um trabalho como esse: “Estamos tendo várias crises hídricas e isso acaba prejudicando o abastecimento de energia do país”. Isso acontece porque a maior parte da energia produzida no Brasil vem por parte das hidrelétricas. “Esse déficit faz com que tenham que usar o GNV na produção de energia”- afirmou a discente. Utilizando esse meio para a fabricação de energia, o custo aumenta: “Por isso a conta de luz às vezes, vem tão alta”- explicou. De acordo com a aluna, a biomassa é mais viável, pois não tem alto custo, e, por ser de proveniência urbana, sua emissão é constante. Além disso, o fim desse material, caso não seja reciclado é encaminhado para aterros sanitários, o que também acaba por emitir gases para a atmosfera ao final do processo.
O tema do trabalho apresentado pelo aluno do oitavo período de Engenharia Florestal, Rogério Rodrigues, aborda a eficiência dos métodos vibracionais para análise da determinação do módulo de elasticidade. Além de o tema ser de suma relevância para o meio acadêmico, também possui uma grande crédito na vida profissional do estudante “Se eu tenho método que eu posso fazer de uma forma rápida, eficiente e sem ter um custo muito elevado, pra mim é interessante pra que eu possa ter a seleção adequada dessas madeiras para o meu ofício”. Rogério trabalha com instrumentos musicais, e a determinação do módulo de elasticidade é uma propriedade importante para a seleção de madeiras utilizadas.
Ao longo da semana foram apresentados outros trabalhos relacionados ao reflorestamento, como o “Efeito de radiação ultravioleta na molhabilidade de três madeiras de reflorestamento” produzido Isabela Lisboa, também graduanda do nono período . As madeiras são testadas em diferentes ciclos visando melhorar a qualidade dessas madeiras.
A RAIC teve uma grande representação não só de pesquisas, mas também de ideias elaboradas por jovens que visam uma transformação de mercado. A produção desses trabalhos retratou o acréscimo de conhecimento desenvolvido na universidade, que definitivamente dará um destaque característico aos alunos de Engenharia Florestal da UFRRJ.
“É importante para podermos criar nossos objetivos futuros, foi uma experiência muito gratificante” – Isabela Lisboa.
“Podemos ampliar os nossos horizontes de trabalho” – Rogério Rodrigues.
“Saber lidar com essas ferramentas econômicas é um diferencial, nos torna uma profissionais mais completos” – Gabriela Fontes.
“Por mais que seja um trabalho acadêmico, ele pode se aplicado para empresas e outros tipos organização a importância dele é justamente essa (…). Tudo o que aprendi em aula, eu apliquei no laboratório e isso agregou muito”- Celi C.R.
“No futuro, virá a substituir métodos tradicionais” – Lucas de Almeida.
Essas foram algumas palavras expressadas pelos alunos sobre seus trabalhos e a experiência de ter participado da Raic.
(*) Estagiária de Jornalismo do Núcleo de Informação e Documentação Florestal (NIDFLOR/IF), sob supervisão.
Fotos: Laura Rosa de Oliveira (NIDFLOR/IF).
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