O professor Antonio C. S Abboud do Departamento de Agrotecnologias e Sustentabilidade – IA , participa de mais uma missão do projeto de cooperação técnica internacional Sul-Sul Brasil-Senegal, celebrado entre a Agência Brasileira de Cooperação ABC (do MRE), a UFRRJ , a Associação de Produtores Biológicos do RJ – ABIO e PAIS Consultoria.
O projeto intitulado “Fortalecimento de práticas agroecológicas para o estabelecimento de sistema participativo de certificação no programa de fazendas “Naatangué” no Senegal” foi iniciado em 2017. Desde então foram realizadas diversas missões com a participação de vários especialistas da UFRRJ e colaboradores de outras instituições como a PESAGRO-RIO.
A presente missão que acontece de 6 a 29 de maio tem como finalidade a retomada do projeto pós-pandemia. A coordenação brasileira da qual o prof. Abboud é um dos membros , juntamente com a equipe de coordenação senegalesa estão reunidas para discutir os avanços do projeto e redesenhar as atividades dos próximos 3-4 anos. Para isso, a equipe está visitando as demais instituições governamentais envolvidas, bem como está ouvindo as 22 famílias de agricultores assistidas pelo projeto , que estão distribuídas em três regiões representativas do Senegal.
Trata-se de um projeto piloto que tem como objetivo formar e dar assistência técnica a técnicos e agricultores no âmbito da produção orgânica seguindo princípios agroecológicos. Pretende-se ao final de 3- 4 anos que esses agricultores tenham suas propriedades em estágio avançado no processo de transição agroecológica e que estejam organizados num Sistema Participativo de Garantia – SPG e integrados num mercado local criado a partir dessas novas diretrizes.
Sendo assim, nós do eixo de produção, temos colocado em prática o uso da fixação biológica do N por meio da introdução de adubos verdes, leguminosas arbóreas e de grão de várias espécies; técnicas como rotação e associação de culturas perenes e anuaisas, interação avicultura -horticultura, compostagem entre outras.
Durante a presente missão verificamos com alegria e orgulho uma grande redução no uso de agrotóxicos e a vontade quase unânime dessas famílias em continuar o processo educativo que iniciamos juntos em 2017.
Sendo assim, já está sendo planejado pela equipe brasileira a reestruturação do projeto por mais 3-4 anos com novas ações baseadas no diagnóstico ora realizado, o que que necessitará da incorporação à equipe de novos especialistas em outras áreas da agricultura.
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